sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Des(encontro)

O bonito é descobrir que até o encontro do amor permanente somos distraídos e afastados por belas e falsas interpretações de um amor real. Acreditamos que amamos e aceitamos a condição, mesmo que no íntimo saibamos que não estamos completos e não tão pouco sentindo a sobriedade de um amor que transborda. Passamos por encontros e desencontros, e muitas vezes somos e fomos saciados pela superficialidade de algo que apenas "aparenta". Me pergunto até quando viveremos do que simplesmente "aparenta". Aparenta ser amor, aparenta ser amizade, aparenta dar certo, aparenta respeito, aparenta carinho. Assim não vale! Quando aparenta é porque simplesmente aparenta e não é. Nesses desencontros cotidianos que tive ao longo da minha vida, pude perceber que neles estava a simples espera da chegada do amor que permanece. E descobri que esperar a chegada é um dos sabores mais interessantes. É saber que o outro existe, e que embora ele ande em tamanho desencontro com a gente, tem sentido a mesma espera e aceitado de tal forma o momento da descoberta um do outro. Até o momento do encontro e do reconhecimento. Portanto, que não tenhamos pressa pra viver o real e nem tão pouco para viver o que não aparenta. Vamos viver o que realmente é! Aparentar é fácil, pois é nada mais que uma mistura de vontades individuais com realizações externas. Difícil mesmo é saber que o real não surge primeiramente de um desejo nosso. O que é real nos é apresentado, logo de cara! Que possamos permitir dia a dia a vivência da espera da chegada e também a vivência do simples; desencontro. 

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