sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Desconhecido.


Já é tarde, eu pensei. São quase duas e a única coisa que faço é ouvir a mesma musica repetidamente.  Leio alguns textos, escrevo algumas coisas e ainda assim me sinto cheia. Sinto que tem algo aqui dentro, algo forte, daqueles que faz o coração bater mais forte, e que precisa ser dito ou cuspido como letrinhas de poesia. Daí eu tento, mas não sai. Eu tento de novo, mas não sai.  Dai eu começo a respirar e a meditar, mas continua aqui.  E eu respiro, e expiro, e a dor continua em mim. Eu troco de musica, mas não é culpa da música.  Leio alguns textos e recito alguns mantras, mas essa coisa louca que não sei o nome e nem sei de onde vêm, continua aqui dentro.  Eu resolvo partir para agressão e acendo um cigarro. A tragada impulsiona a dor até a boca do estômago, mas não consigo vomita-la.  Fumo um, dois, três cigarros. Mas nada.  A dor continua aqui. Olho para dentro na tentativa do recolhimento, mas parece que essa é dor é tão íntima de mim que não sei o que é e nem onde fica. Tento desdobrar a minha alma e começo a tentar compreender minha mente, mas nada.  Não encontro de onde vêm essa dor. Essa coisa que precisa ser cuspida e que fica entre o estômago e o coração. De repente me silencio.  O silencio é forte, e sinto que algo está saindo lentamente pela minha boca, nariz, ouvido e coração. Essa coisa que não sei o nome e nem de onde vêm é nada mais que a saudade do desconhecido. 

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